Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O rei Felipe Augusto da França tinha a Corte reunida na região do Gâtinais quando lhe chegou a nova da morte de Guilherme, a quem muito apreciava.
Em companhia de seus parentes e dos principais barões, acabava de jantar.
Os senhores de posição inferior, que haviam servido a mesa, começavam a comer. Entre eles se encontrava Ricardo, o segundo filho do Marechal.
O Rei teve a gentileza de esperá-lo terminar a refeição. E depois, perante a assembleia atenta, voltou-se para Guilherme de Barres, seu amigo:
“‒ Ouviste o que me disseram?
‒ O que disseram a Vossa Alteza?
‒ Por minha Fé, vieram-me dizer que o Marechal, que foi tão leal, está enterrado.
‒ Que Marechal?
– O da Inglaterra, Guilherme, valoroso que foi, e sábio. Em nosso tempo não houve em lugar algum melhor cavaleiro e que melhor soubesse manejar as armas.
– O que dizes?
– “Afirmo, e Deus me seja testemunha, que jamais conheci melhor cavaleiro que ele em toda a minha vida”.