terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Igreja Católica: alma do Natal, fonte de todas as graças de heroísmo e santidade

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








O Natal é comemorado em toda a face da Terra.

Mas, cada povo o comemora a seu próprio modo.

Por quê?

A Igreja Católica, vivendo na alma de povos diferentes, produz maravilhosas e diversas harmonias. Ela é inesgotável em frutos de perfeição e santidade.

Ela é como o sol quando transpõe vidros de cores diferentes. Quando penetra num vitral vermelho, acende um rubi; num fragmento de vitral verde, faz fulgurar uma esmeralda!

O gênio da Igreja passando pelos povos alemães produz algo único; passando pelo povo espanhol faz uma outra coisa inconfundível e admirável, e depois mais aquilo e aquilo outro num outro povo, num outro continente, numa outra raça.

No fundo é a Igreja iluminando, abençoando por toda parte. É Deus que na Sua Igreja realiza maravilhas da festa de Natal.

Canta a liturgia : “Puer natus est nobis, et Filius datur est nobis...”

“Um Menino nasceu para nós, e o Filho de Deus nos foi dado.

“Cujo império repousa sobre seus ombros e o seu nome é o Anjo do Grande Conselho”.

“Cantai a Deus um cântico novo, porque fez maravilhas”.

Veja vídeo
Vídeo: Igreja Católica:
alma do Natal
Aquele Menino nos foi dado — e que Menino! Então, cantemos a Deus um cântico novo.

O Natal do católico é sereno, cheio de significado, e ao mesmo tempo elevado como o interior de uma igreja!

A vitalidade inesgotável da festa natalina é sobrenatural, produz na alma católica uma paz profunda, uma sede insaciável de heroísmo, e um voltar-se completamente para as coisas do Céu.

No Natal, a graça da Igreja brilha de um modo especial na alma de cada católico. E de cada povo que conserva algo de católico na face da Terra inspirando incontáveis formas de comemorar o nascimento do Redentor!

Porque a Igreja é a alma de todos os Natais da Terra!

Vídeo: A Igreja Católica: alma do Natal






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terça-feira, 28 de novembro de 2023

Os heróis da caridade: sublime equilíbrio da Igreja ante a miséria e a doença

Santa Isabel de Hungría
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






(...) Contudo, os leprosos continuavam sempre a ser o objeto de sua predileção (de Santa Isabel de Hungria) e de algum modo até de sua inveja, pois (a lepra) era, entre todas as misérias humanas, aquela que melhor podia desapegar suas vítimas da vida.

Frei Gérard, Provincial dos franciscanos da Alemanha, que era, depois de mestre Conrad, o confidente mais íntimo de seus piedosos pensamentos, vindo um dia visitá-la, ela pôs-se a falar longamente sobre a santa pobreza.

Pelo fim da conversa exclamou:

“Ah!, meu Pai, o que eu quereria antes de tudo e do fundo do meu coração, seria ser tratada em todas as coisas como uma leprosa qualquer. Quisera que se fizesse para mim, como se faz para essa pobre gente, uma pequena choupana de palha e feno, e que se pendurasse diante da porta um pano, para prevenir os transeuntes, e uma caixa, para que nela se pudesse colocar alguma esmola”. 

Com essas palavras, perdeu o conhecimento e ficou numa espécie de êxtase, durante o qual o Padre Provincial, que a sustentava, ouviu-a cantar hinos sacros; depois disto voltou a si.

Seja-nos permitido, para explicar essas prodigiosas palavras de nossa santa, introduzir aqui em nossa narração alguns detalhes sobre o modo pelo qual a lepra e os desafortunados por ela atingidos, foram considerados durante os séculos católicos.

Naqueles tempos de fé universal, a Religião podia lutar de frente contra todos os males da sociedade, da qual ela era a soberana absoluta.

Àquela triste miséria suprema a Igreja opunha todas as mitigações que a fé e a piedade sabem gerar nas almas cristãs. Não podendo extinguir os deploráveis resultados materiais do mal, ela sabia pelo menos acabar com a reprovação moral que podia prender-se àquelas infelizes vitimas.

Ela as revestia de uma espécie de sagração piedosa e as constituía como as representantes e pontífices de peso das dores humanas que Jesus Cristo viera carregar, e que os filhos de Sua Igreja têm como primeiro dever abrandar em seus irmãos.

A lepra tinha, pois, naquela época, qualquer coisa de sagrado aos olhos da Igreja e dos fiéis: era um dom de Deus, uma distinção especial, uma expressão, por assim dizer, da atenção divina.

Os anais da Normandia contam que um cavaleiro de muito ilustre linhagem, Raoultz Fitz-Giroie, um dos valentes do tempo de Guilherme o Conquistador, tendo-se tornado monge, pediu humildemente a Deus, como uma graça particular, ser atingido por uma lepra incurável, a fim de resgatar assim seus pecados.

Deveres da caridade, Holy Cross, Gilling East, Yorkshire
Deveres da caridade, Holy Cross, Gilling East, Yorkshire
E foi atendido... A mão de Deus, de Deus sempre justo e misericordioso, havia tocado um católico, o havia atingido de uma maneira misteriosa e inacessível para a ciência humana. Desde então havia alguma coisa de venerável em seu mal.

A soledade, a reflexão, e o retiro junto apenas de Deus, tornavam-se uma necessidade para o leproso.

Mas o amor e as preces de seus irmãos o seguiam em seu isolamento. A Igreja soube conciliar a mais terna solicitude para com esses rebentos desafortunados de seu seio com as medidas exigidas pela saúde de todos para impedir a extensão do contágio.

Quiçá não haja em sua liturgia nada de mais tocante, e ao mesmo tempo de mais solene, do que o cerimonial denominado ‘separatio leprosorum’, com o qual procedia-se ao afastamento daquele que Deus havia atingido, nos povoados onde não havia hospital especialmente consagrado aos leprosos.

Celebrava-se, com a presença do leproso, a Missa dos mortos, após tendo benzido todos os utensílios que lhe deveriam servir na sua solidão.

E, depois de que cada assistente lhe tivesse dado sua esmola, o clero, precedido de Cruz e acompanhado por todos os fiéis, conduzia-o a uma cabana isolada que lhe era assinalada por moradia. Sobre o telhado dessa choupana o padre colocava terra do cemitério, dizendo ‘Sis mortuus mundo, vivens iterum Deo’ (“Morre para o mundo, e renasce para Deus!”).

O padre lhe dirigia a seguir um sermão consolador, no qual lhe fazia entrever as alegrias do Paraíso e sua comunhão espiritual com a igreja, cujas preces eram por ele adquiridas em sua solidão mais ainda do que anteriormente.

Depois ele plantava uma cruz de madeira diante da porta da cabana, aí colocava uma caixa para receber a esmola dos transeuntes, e todos se afastavam...

Apenas na Páscoa os leprosos pediam sair de seus “túmulos”, como o próprio Cristo, e entrar por alguns dias nas cidades e aldeias para participar das alegrias universais da Cristandade.

Quando morriam assim isolados, celebravam-se por eles os funerais com o ofício dos Confessores não-Pontífices.

O pensamento da Igreja tinha sido compreendido por todos seus filhos. Os leprosos recebiam do povo os nomes mais doces e mais consoladores; chamava-se-lhes os 'doentes de Deus’, os ‘queridos pobres de Deus’, os ‘bons’.

Gostava-se de lembrar que o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo tinha sido designado, pelo Espírito Santo, como um leproso: ‘Et nos putavimus Eum quasi leprosum’; Ele tinha um leproso como anfitrião quando Maria Magdalena veio Lhe ungir os pés; Ele escolhera o leproso Lázaro como símbolo da alma eleita. Ele, com freqüência, tomara essa forma para aparecer a Seus santos sobre a terra.

Acresce que foi principalmente depois das peregrinações na Terra Santa e nas Cruzadas que a lepra se tinha espalhado pela Europa. Essa origem aumentava seu caráter sagrado.

Uma Ordem de Cavalaria, a de São Lázaro, fora fundada em Jerusalém para se consagrar exclusivamente aos cuidados dos leprosos, e tinha um leproso como grão-mestre; e uma Ordem feminina devotara-se ao mesmo fim na mesma cidade, no hospital Saint-Jean l’Aumônier.

Certa vez que o Bispo Hugo de Lincoln – do Franco-Condado por nascimento e cartuxo por religião – celebrava a Missa, admitiu os leprosos ao ósculo da paz; e como seu chanceler o lembrasse que São Martinho curava os leprosos beijando-os, o Bispo respondeu: “Sim, o ósculo de São Martinho curava a carne dos leprosos, mas a mim é o ósculo dos leprosos que cura minha alma”.

Entre os reis e os grandes da terra, nossa Isabel não foi a única a honrar Cristo nos sucessores de Lázaro. Príncipes ilustres e poderosos consideravam esse dever como uma das prerrogativas de suas coroas.

Roberto, Rei da França, visitava sem cessar seus hospitais. São Luís tratava-os com uma amizade toda fraterna, visitando-os no Quatre-Temps, e osculava suas chagas. Henrique III, Rei da Inglaterra, fazia o mesmo.

A condessa Sibila de Flandres, tendo acompanhado seu marido Teodorico a Jerusalém, em 1156, passava o tempo que o conde empregava em combater os infiéis no hospital de Saint-Jean l'Aumônier para aí cuidar dos leprosos. Um dia em que ela lavava as chagas desses infortunados, sentiu, como nossa Isabel, seu coração sublevar-se contra tão repugnante ocupação.

Mas, logo em seguida, para se castigar, tomou na boca a água da qual acabava de se servir e a engoliu, dizendo a seu coração:

“É preciso que aprendas a servir a Deus nesses pobres; eis teu oficio, mesmo que arrebentes”. 

Quando seu marido deixou a Palestina, ela pediu-lhe permissão para aí ficar, a fim de consagrar o resto de seus dias ao serviço dos leprosos.

Seu irmão, Balduino III, Rei de Jerusalém, juntou seus rogos aos daquela heroína da caridade; o conde resistiu prolongadamente, e não consentiu em separar-se de Sibila senão depois de ter recebido do Rei, seu cunhado, como recompensa pelo sacrifício, uma gota do Sangue de Nosso Senhor, recolhido por José de Arimatéia, na ocasião da deposição da Cruz.

Santa Catarina de Siena

Ele, então, retornou só à sua pátria, levando consigo esse tesouro sagrado, que foi depositar em sua cidade de Bruges; e os piedosos povos de Flandres tomaram conhecimento com grande veneração de como seu conde tinha “vendido” sua esposa a Cristo e aos pobres, e como ele lhes trazia, como preço desse “negócio”, o Sangue de seu Deus.

Mas, sobretudo, foram os santos da Idade Média que testemunharam aos leprosos um devotamento sublime.

Santa Catarina de Siena teve suas mãos atingidas pela lepra ao cuidar de uma velha leprosa que ela própria quis amortalhar e enterrar; mas, depois de ter assim perseverado até o fim no sacrifício, viu suas mãos tornarem-se brancas e puras como as de um recém-nascido, e uma suave luz sair das partes que tinham sido mais atacadas.

São Francisco de Assis e Santa Clara, sua nobre seguidora; Santa Odília da Alsácia, Santa Judith da Polônia, Santo Edmundo de Canterbory, e mais tarde São Francisco Xavier e Santa Joana de Chantal compraziam-se em proporcionar aos leprosos os mais humildes serviços. Freqüentemente suas preces obtinham uma cura instantânea.

É no seio dessa gloriosa companhia que Isabel ocupava já lugar pelos anseios invencíveis de seu coração para o Deus que ela sempre via na pessoa dos pobres; mas, enquanto esperava poder gozar com eles as alegrias eternas no céu, nada bastava na terra para aquietar o ardor da compaixão que devorava seu coração, nem para curar os langores dessa alma enferma e dilacerada pelos sofrimentos dos seus irmãos.



(Autor: Charles de Montalembert, « Histoire de Sainte Élisabeth de Hongrie », Pierre Téqui, Libraire Éditeur, Paris, 1930, T.11, pp. 114-122)



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terça-feira, 14 de novembro de 2023

O invicto São Fernando III, Rei de Leão e Castela ‒ 2

São Fernando, altar de Sevilha
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Continuação do post anterior

Reconquistando os reinos mouros para Cristo

Após a vitória cristã em Navas de Tolosa os reinos muçulmanos da Espanha entraram em decadência, favorecendo a incorporação de muitos deles ao domínio de São Fernando por meio de pactos ou conquistas.

Os contemporâneos descrevem três grandes virtudes nesse grande guerreiro: a rapidez, a prudência e a perseverança. Quando os inimigos o criam em um lado, ele aparecia no outro. E sabia prolongar os assédios para economizar sangue.4

Foram inúmeras as campanhas guerreiras de São Fernando em sua reconquista da Espanha para Nosso Senhor Jesus Cristo.

O rei-santo tinha apenas 25 anos quando entrou pela primeira vez na Andaluzia. O rei mouro de Baeza veio oferecer-lhe obediência, dizendo-lhe que estava pronto a render sua cidade e assisti-lo com dinheiro e alimentos.

Em 1235, enquanto São Fernando se apoderava de Ubeda e as Ordens militares conquistavam com outras praças Trujillo e Medellin, com apenas 1500 homens.

Simultaneamente seu filho, o Infante D. Afonso – mais tarde Afonso X, o Sábio –, vencia em Jerez de la Frontera o exército do rei mouro de Sevilha, composto de sete corpos de soldados.

O que foi considerado por todos como um feito verdadeiramente milagroso.

Num dia do ano de 1236 estava o rei-guerreiro com sua mãe à mesa para o almoço, em Benavente, cerca de León, quando chegou um cavaleiro a toda brida para avisá-lo de que alguns cristãos haviam conseguido apoderar-se do bairro de Ajarquia, nos arrabaldes de Córdoba, antiga capital do império muçulmano, na época com 300.000 habitantes.

Sitiados, pediam socorro ao monarca para enfrentar os inúmeros mouros que os cercavam.

Sem provar nenhum alimento, São Fernando levantou-se imediatamente e foi reunir seus guerreiros para socorrer os bravos súditos. Isso feito, eles cercaram a cidade de Córdoba.

São Fernando, urna com o corpo do santo, Sevilha
O soberano foi apertando cada vez mais o cerco, até que no dia 29 de junho, festa dos gloriosos Apóstolos São Pedro e São Paulo, o exército cristão entrou na antiga capital dos califas, havia 525 anos em poder dos infiéis.

A mesquita maior da cidade foi purificada pelo bispo de Osma e transformada em igreja dedicada a Nossa Senhora.

Um fato simbólico: tendo o mouro Almanzor dois séculos antes conquistado a Galícia, havia feito transportar os sinos do santuário de Santiago de Compostela até Córdoba em ombros de cristãos.

Pois bem, em reparação por esse ultraje, São Fernando mandou que os sinos fossem restituídos ao seu local de origem em ombros de mouros!

Triunfo da Cruz sobre o crescente

O cerco de Sevilha, em 1247, foi uma das mais notáveis empresas daqueles tempos. Durante 20 meses os mouros resistiram, pois o calor e as enfermidades pareciam lutar em seu favor.

Contudo, o rei-santo não desistiu. Tanto mais que não tinha pressa, tendo ele e seus guerreiros chamado suas mulheres e filhos para o cerco.

São Fernando havia trazido até mesmo os futuros povoadores para Sevilha, homens de todas as regiões e de todos os ofícios.

Finalmente Sevilha capitulou. Cantando hinos religiosos e portando um andor com a imagem da Virgem vitoriosa, um estupendo cortejo de cem mil homens entrou na cidade conquistada.

Foi um brilhante triunfo da Santa Cruz sobre o Islã. De todo o antigo império mouro restava apenas o reino de Granada.

São Luís, rei de França, congratulou-se com seu primo pelo sucesso e enviou-lhe um fragmento da coroa de espinhos e outras preciosíssimas relíquias que São Fernando mandou colocar na catedral de Sevilha — outra grande ex-mesquita purificada e consagrada ao culto cristão.

Havendo, com exceção do reino de Granada, expulsado os mouros de quase toda a Espanha, São Fernando preparava-se para ir plantar a fé na África quando foi acometido por mortal doença, apesar de ter somente 52 anos de idade.

Depois de receber todos os sacramentos da Igreja, faleceu piedosamente no dia 30 de maio de 1252, indo receber no Céu a recompensa demasiadamente grande que Deus reserva para os seus eleitos.

Assim um autor o descreve: “Elevada estatura, agilidade de movimentos, distinção e majestade nos modos, doce e forte ao mesmo tempo, amável com firmeza, reúne em maravilhosa harmonia as qualidades do guerreiro e as de homem de Estado”.5

(Fonte: Plinio Maria Solimeo, “Catolicismo” nº 725, maio de 2011)


Notas:
1. Cfr. Edelvives, El Santo de Cada Día, Editorial Luis Vives, S.A., Zaragoza, 1947, tomo III, p. 302.
2. Fr. Justo Pérez de Urbel, O.S.B., Año Cristiano, Ediciones Fax, Madrid, 1945, tomo II, p. 481.
3. Edelvives, op. cit. p. 304; Urbel, p. 482.
4. Urbel, id. ib. p. 484.
5. Urbel, op. cit., p. 487.
Outras obras consultadas:
- João Batista Weiss, Historia Universal, Tipografia La Educación, Barcelona, 1929, tomo VI, pp. 595 e ss.
- Carlos R. Eguía, Fernando III de Castilla y León, El Santo, in Gran Enciclopedia Rialp, Ediciones Rialp, Madri, 1972, tomo X, 41 e ss.






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