quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sagração do rei em Reims
Santa Joana d’Arc – 5


Vontade de Deus: sagrar o rei em Reims

O rei Carlos VII encontrava-se em Loches quando lhe chegou a notícia da libertação de Orleans. Em sua companhia encontravam-se vários nobres e bispos. Joana bateu na porta. Dunois narra o fato:

“Quase imediatamente ela entrou e se pôs de joelhos e, enquanto abraçava as pernas do rei, disse: ‘Gentil Delfim, não percais mais tempo em tão intermináveis conselhos, mas vinde a Reims o mais cedo possível para receber a coroa digna de vós’”.

A Corte ficou perplexa e pediu explicações. Joana, segundo Dunois, disse então:

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Uma donzela que desfez o melhor exército da época
Santa Joana d’Arc – 4


As vozes no campo de batalha

O príncipe Jean de Valois (1409-1476), duque de Alençon, chefe dos exércitos reais, foi uma dos mais importantes testemunhas da condução de Santa Joana d’Arc na guerra. Ele a acompanhou lado a lado nos principais episódios de sua epopeia.

Quando a santa entrou na Guerra dos Cem Anos, o pretendente inglês e seu aliado, o Duque de Borgonha, dominavam grande parte da França.

Carlos VII, o legítimo pretendente à coroa francesa, era apelidado de “reizinho de Bourges”, de tal maneira seu território estava reduzido. Seu exército estava dizimado, desmoralizado, mal vestido e mal alimentado.

A batalha decisiva travava-se em volta de Orleans, sobre o rio Loire. A cidade era fiel a Carlos VII, mas os ingleses construíram bastiões e linhas que impediam levar alimentos e munições aos defensores. Orleans ia cair pela fome.

“Tendo visto depois as fortificações construídas pelos ingleses, posso dizer que os bastiões do inimigo foram tomados mais por milagre do que pela força das armas. Isso é verdadeiro, sobretudo quanto ao forte de Les Tourelles, na extremidade da ponte, e ao forte dos Agostinianos”, declarou o príncipe Jean.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Missão profética da Donzela de Orleans
Santa Joana d’Arc – 3


As vozes e o rei da França

D. Cauchon prometera aos ingleses que faria Joana cair em suas rédeas. Estes, por sua vez, precisavam comprovar que as vozes – que guiaram todo o percurso épico e empolgante da Santa – provinham do demônio.

Essas vozes sobrenaturais levaram a Donzela de início até o pretendente legítimo ao trono da França, o qual se encontrava no castelo de Chinon.

Quando ela entrou para falar com ele, um cavaleiro riu de sua virgindade. O confessor de Joana, Pe. Jean Pasquerel, viu o fato:

“‘Ah! – disse-lhe Joana – em nome de Deus, renega isso, tu que estás tão próximo da morte!’. Menos de uma hora depois, esse homem caiu na água e se afogou”.

É bem conhecido o episódio ocorrido depois: a fim de testar a autenticidade da missão da Pucelle, o rei colocou um cortesão no lugar em que se encontrava e fingiu ser apenas um dos presentes.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Tribunal tenta enganar a heroína.
Santa Joana d’Arc – 2

Santa Joana d'Arco: estátua equestre na Califórnia
Santa Joana d'Arco: estátua equestre na Califórnia


continuação do post anterior

Procura de pretextos

O tribunal devia declará-la ré de contatos com o demônio para desmoralizar sua imensa fama. D. Cauchon procurava um pretexto para declará-la herética, tendo-lhe exigido várias vezes: “Fala teu Pai Nosso”. A santa respondia sempre: “Ouvi-me em confissão, eu vo-lo direi com muito gosto”.

Incomodado pelo pedido, respondeu encolerizado o mau eclesiástico: “Joana, você está proibida de sair da prisão sem nossa aprovação, sob pena de ser assimilada a um culpado convicto de heresia”.

– “Eu não aceito essa proibição. Se eu fugir, ninguém terá direito de dizer que violei a palavra dada porque não a engajei a pessoa alguma”.

– “Em meu país [Domrémy, Lorena] me chamam de Joaninha. Na França, desde que cheguei me chamam de Joana. Minha mãe me ensinou o Pai Nosso, a Ave Maria e o Credo. Eu não aprendi minha fé de mais ninguém senão de minha mãe”.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A epopeia gloriosa de Santa Joana d’Arc
entra pelo III milênio
Santa Joana d’Arc – 1

Santa Joana d'Arc: estátua em Paris, do escultor Frémiet
Estátua em Paris, de Frémiet


Em 6 de janeiro de 2012 comemorou-se o sexto centenário do nascimento de Santa Joana d’Arc na hoje quase esquecida aldeia de Domrémy-la-Pucelle, na França.

Pastorinha chamada por Deus para realizar um feito sem igual no Novo Testamento, ela restaurou a França, país então sem esperança, arruinado pelo caos político-religioso e ocupado em larga medida pelos ingleses.

Reinstalou no trono o rei legitimo e levou à vitória seus desanimados exércitos.

Considerada como profetisa do Novo Testamento, a santa gravou o nome de Jesus na bandeira com que conduzia as tropas ao combate.

Dois séculos e meio depois, o Sagrado Coração viria pedir a Luis XIV, rei da França, mediante aparição à vidente Santa Margarida Maria Alacoque, que gravasse sua imagem nas bandeiras reais.

Aprisionada por ocasião de uma escaramuça, Santa Joana d’Arc foi julgada por um tribunal iníquo que a condenou a ser queimada como bruxa na cidade de Rouen, em 1431.

Hoje, porém, a história da santa, canonizada em 1920, faz vibrar o mundo.

Muitos eclesiásticos e inúmeros de seus devotos estão certos de que sua missão não terminou.