quarta-feira, 19 de abril de 2017

Godofredo de Bouillon (I), “Duque e Defensor do Santo Sepulcro”

Godofredo de Bouillon, estátua em Bruxelas
Godofredo de Bouillon, estátua em Bruxelas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Alguns grandes homens deixam após si uma legenda que os rodeia com uma luz especial, arquetipizando seus feitos e suas glórias.

Um desses foi Godofredo de Bouillon, o conquistador e fundador do Reino Latino de Jerusalém.

“A legenda logo se apoderou deste possante e terno senhor do país valão para torná-lo o arquétipo do cruzado”.(1)

Após sua morte, tornou-se herói de canções de gesta, como o tinham sido antes dele o famoso Carlos Magno e Roland.

Filho de Eustáquio, conde de Boulogne, e de Ida, filha de Godofredo o Barbudo, duque da Baixa Lorena e de Bouillon, Godofredo pertencia a uma antiga família que alegava ter Carlos Magno entre seus ancestrais.

Ele era “geralmente estimado, reto, valoroso, manso, casto, devoto, humano, de formoso aspecto e elevada estatura, cabelos ruivos”,(2) e “é retratado como o perfeito tipo do cavaleiro cristão. Alto de estatura, com um porte agradável e com uma maneira tão cortês, ‘que parecia mais um monge do que um guerreiro’”.(3)

Era “tido por tão bom guerreiro quanto fervoroso cristão”. (4) Sua força era proverbial.

Narram as crônicas que, com um só golpe de espada, ele partiu um guerreiro árabe de alto abaixo, em duas partes iguais.(5)

quarta-feira, 5 de abril de 2017

A Primeira Comunhão e a morte do jovem cavaleiro Vivien

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




O poema “La Chanson de Guillaume” gira em torno de uma batalha desenvolvida por Guilherme do Nariz Curvo contra os sarracenos de Deramé, na planície de Larchamp.

Vivien atira-se à luta acompanhado de seu primo Girart. A batalha é calorosa e os franceses são dizimados.

Ao cair da tarde, Vivien envia Girart a pedir ajuda a Guilherme.

O conde Vivien perdeu 10 homens, dos 20 que lhe restavam. Os outros perguntaram:

— Que faremos na batalha, amigos?

Disse Vivien:

— Em nome de Deus, senhores, escutai-me. Enviei Girart levando uma mensagem. Hoje mesmo vereis Guilherme ou Luís, o piedoso. Com um ou outro venceremos os árabes.

— Avante, pois, valoroso marquês — responderam eles.

E ei-los que marcham contra o inimigo.

Os pagãos colocaram Vivien em grande perigo. De seus 10 homens, não deixam um só vivo.