quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Santo Eduardo o Confessor, Rei da Inglaterra – 1

Santo Eduardo III o Confessor St Peter and St Paul, Eye, Suffolk
Santo Eduardo III o Confessor. St Peter and St Paul, Eye, Suffolk
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Nascido por volta do ano 1000, Santo Eduardo era filho do rei Etelredo II, que governou a Inglaterra dos anos 978 a 1016, e de sua segunda esposa, Ema, filha do Duque da Normandia.

Em 1013, Sweyn, rei viking da Dinamarca, invadiu a Inglaterra e apoderou-se do trono, repetindo o feito de um antecessor seu. Etelredo fugiu então com sua família para a Normandia.

Porém, com a morte de Sweyn no ano seguinte, voltou e reconquistou o poder. Por pouco tempo, pois faleceu em 1016.

Subiu então ao trono Edmundo, meio-irmão de Eduardo, que continuou a luta contra os invasores.

Mas foi assassinado, apoderando-se do trono o dinamarquês Canuto. Este pediu Ema em casamento, estipulando que os filhos deste matrimônio seriam seus herdeiros, em detrimento de Santo Eduardo e de seu irmão, que haviam ficado na Normandia.

Canuto, cognominado “o Grande”, reinou na Inglaterra durante 19 anos. A figura desse grande conquistador não deixa de chamar a atenção:

“intrigante, ambicioso e violento, Canuto no entanto expiou suas antigas crueldades por um cristianismo não sem valor.

Chegou como invasor e cruel destruidor e, por uma mudança de temperamento tão notável quanto longa em seus efeitos, permaneceu para governar em justiça e paz um povo que ele desposou completamente”.1

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Balduíno IV: o rei-herói entre decadentes

Renaud de Chatillon, turbulento e belicoso vassalo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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continuação do post anterior: Balduíno IV: o santo rei leproso que espantou a Saladino



Nesse momento reapareceu, libertado dos cárceres muçulmanos, o antigo príncipe de Antioquia, Renaud de Châtillon.

Logo recomeçou suas aventuras, assaltando uma importante caravana de peregrinos com destino a Meca.

Esse ato rompia a trégua assinada por Balduíno IV e Saladino e ofendia as convicções religiosas dos muçulmanos, a cujos olhos o atentado afigurava-se monstruoso.

Intimado pelo rei a devolver os prisioneiros e o produto da pilhagem, ele recusou-se com arrogância, tornando assim evidente a incapacidade do doente de se fazer obedecer.

Imediatamente Saladino acorreu do Egito e invadiu a Galiléia, incendiando e devastando as colheitas, capturando rebanhos e semeando pânico por toda parte.

Renaud de Châtillon suplicou ao rei que salvasse seus feudos. Balduíno concedeu, vencendo Saladino em julho de 1182.

Em agosto, o infatigável maometano tentou tomar Beyrouth por uma ação combinada por terra e mar.

Uma vez mais Balduíno afastou o perigo. Impediu Saladino de se apoderar de Alepo e conduziu uma expedição até os subúrbios de Damasco.