terça-feira, 9 de dezembro de 2025

O espírito da Cavalaria no Condestável Du Guesclin

Bertrand du Guesclin, estatua em Chateauneuf de Randon
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Bertrand du Guesclin, estátua em Dinan

Fidelidade ao Rei, mesmo diante da injustiça

Du Guesclin jurou a Carlos V uma fidelidade que nunca foi desmentida, mesmo depois da injustiça que o Rei cometeu em 1378, ao confiscar indevidamente a Bretanha (Du Guesclin era bretão).

Atestou brilhantemente sua fidelidade no dia seguinte à sua vitória de Cochorel, em 16 de maio de 1364, não encontrando nada mais urgente que anunciá-la a Carlos V.

O mensageiro chegou com a noticia às portas de Reims, na véspera da sagração real (19 de maio de 1364).

Também pouco antes da morte declarou:

“Eu tinha a intenção de pôr fim às guerras da França e colocar todo o Reino na obediência ao Rei... Rogo a Deus que nos dê sempre leal coragem para servir o Rei, que porá fim a estas guerras”.

E ainda, com gravidade impressionante, no leito de morte, em 1380, recomendou: “Reze por mim, meu tempo encerrou-se. Amai-vos uns aos outros. Sede boas pessoas e servi lealmente o Rei coroado’’”.

Tais foram as últimas palavras que escaparam de seus lábios agonizantes, dirigidas aos pares que choravam à sua cabeceira.