terça-feira, 2 de junho de 2020

Beata Francisca de Amboise, duquesa soberana da Bretanha, símbolo da santidade do feudalismo

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A Bem-aventurada Francisca de Amboise, viúva, foi filha dos príncipes de Talmont e viscondes de Thouars.

Ao lado de seu esposo, foi coroada duquesa de Bretanha.

Depois de viúva, professou na ordem do Carmo. (29 de maio de 1427 ‒ 4 de novembro de 1485).

Fundadora do primeiro convento de carmelitas da França. Morreu em Nantes no convento carmelita que também ela tinha fundado.

Foi beatificada pelo Papa Pio IX em 1863.

À medida que correm os tempos, o número de sacerdotes e clérigos santos vai diminuindo.

Mas diminui muito mais o número de príncipes e princesas santos.

Na Idade Média havia uma multidão de imperatrizes, reis, príncipes e princesas santos. Nos tempos modernos, nenhum foi canonizado. Nos tempos contemporâneos, um ou outro; muito raro.



Entretanto, os grandes senhores feudais, príncipes e nobres que chegaram à honra dos altares são símbolos da realeza ou do feudalismo introduzidos nos altares.

A Igreja reconhece a santidade da condição que eles ocupavam.

Porque, se aquela condição fosse intrinsecamente injusta, como a Revolução Francesa pretende, um santo não poderia ser um senhor feudal.

Se, ser senhor feudal é viver num estado de opressão e rapina necessariamente em relação aos pobres, então um senhor feudal não poderia ser santo.

Pela mesma razão que um senhor feudal não pode ser gatuno: são condições intrinsecamente contrárias à virtude cristã.

Se eles estivessem em vida, estariam lutando pela defesa dessa ordem que eles representaram.

A recordação da bem-aventurada Francisca de Amboise nos mostra pessoa não apenas que não quer ser infiel, mas aspira ao máximo de fidelidade.

Portanto, o máximo de heroísmo, denodo, e agressividade pela causa do bem.

A esses santos devemos pedir o espírito dos cavaleiros antigos que tinham a promessa de nunca recuar; acontecesse o que acontecesse, eles iam sempre para a frente.

É a forma de coragem própria da cavalaria cristã, e que nunca foi superada depois dela. Uma fidelidade dinâmica, tendente ao heroísmo, à sublimidade e à perfeição.



(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, 1964, sem revisão do autor.)



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