terça-feira, 13 de julho de 2021

Santo Agostinho de Cantuária, os beneditinos e os homens que vencem

Santo Agostinho de Cantuária segura na mão a primeira igreja que fundou
Santo Agostinho de Cantuária segura na mão a primeira igreja que fundou
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Continuação de post anterior: Santo Agostinho de Cantuária e a verdadeira vitória



Quando Henrique VIII passou para o protestantismo, o número de mártires que a Inglaterra teve não foi pequeno.

Mas o número de apostasias foi colossal.

A nação inteira apostatou não por convicção, mas por oportunismo, por não querer ter amolação com o rei.

Passou da Igreja verdadeira para uma falsa. Conventos inteiros, ordens religiosas, dioceses com o bispo à frente, passaram para a religião falsa por comodismo.

Alguns heróis se levantaram: não foram seguidos!

Deus recompensou no Céu a alma deles pelo que fizeram.

Mas a terra castigou com repúdio deles os moles.

Mais tarde, veio outra graça para a Inglaterra e Deus não permitiu que essa lhe fosse útil: é o episódio da Invencível Armada.

Felipe II da Espanha constituiu a Invencível Armada a qual ia levando nos porões uma grande quantidade de exemplares da Bula de São Pio V excomungando a rainha.

Essa frota naval foi dispersada nos mares é tido como um castigo para a Espanha.

Não conheço comentário mais estúpido nem mais superficial, porque para quem dá valor antes da tudo à fé católica e à salvação da alma a verdadeira castigada foi a Inglaterra.

A Espanha perdeu o prestígio político, bens terrenos, uma armada que valia muito, perdeu filhos mortos naquela dispersão que, afinal de contas, ganharam o Céu com isso.

A Inglaterra, o que ela perdeu? A última oportunidade de se voltar a ser um país católico, porque com o desembarque dos espanhóis, estava tramada uma revolução dos católicos.

Armada Invencível se prepara para partir
Armada Invencível se prepara para partir

Mas a Inglaterra estava completamente podre do ponto de vista moral. Resultado: acabou se perdendo...

Assim as nações caem.

Isso explica também o significado da ação do punhado de pessoas denodadas, que lutam hoje contra a enorme heresia do progressismo, heresia que vai tomando tudo como o anglicanismo tomou a Inglaterra...

Nunca a pessoa é derrotada quando luta por Nossa Senhora, porque Ela recompensa sempre!

O derrotado é aquele a quem foi permitido fazer o crime de derrotar os bons.

Os derrotados são os que rejeitaram os bons ou os que não os acompanharam; esses são os derrotados.

Se tivermos o favor de Nossa Senhora de cumprir o dever até o fim, seremos os vitoriosos!

Outro aspecto muito bonito sobre a vida de Santo Agostinho de Cantuária são esses monges navegantes.

Santo Agostinho de Cantuária, escultura em madeira do século XIX
Santo Agostinho de Cantuária,
escultura em madeira do século XIX
Os monges beneditinos desbastaram os sertões europeus no tempo em que a Gália, a Germânia, a Europa Central, a Panônia, que hoje são Suécia, Noruega, Dinamarca, Polônia, eram bárbaras.

Os monges se instalavam lá: secavam pântanos, derrubavam e replantavam florestas, abriam estradas, faziam pontes...!

Se preocupando só em rezar, eles, entretanto eram tais que de sua oração tudo brotava e os frutos temporais eram superabundantes.

Porque eles procuravam o amor de Deus e sua justiça acima de todas as coisas, e todas as coisas lhe eram dadas em acréscimo.

Aqui há a linda figura de um monge – que não se julgava obrigado a pôr clergyman e menos ainda se vestir de malandro – num barquinho nos mares bravios do norte, nas brumas, nos rochedos, sozinho, de pé, rezando ou trabalhando contra a tempestade...

De tal maneira, que é até comparado a uma ave marítima pelas populações que vão ali à orla do mar ver aquela luta.

Eles preludiaram a toda epopeia marítima dos ingleses.

O que os piratas ingleses fizeram por roubalheira do protestantismo no mundo, foi o abuso de um dom temporal que começou com esses monges navegadores.

Outro fato estupendo: um grupo de monges que está descarregando de madeira e não conseguem enquanto as pessoas na praia estão dando risada.

São Cutiberto, o do estandarte invencível, reza e sua oração é invencível. As madeiras chegam e a fé do povo aumenta. Como isto é belo!...

Como isso é diferente do raquitismo das obras católicas nas décadas que precederam o Concílio.

Que coisa difícil era levar adiante um jornal católico, montar uma rádio católica!

E quando saíam o que eles difundiam?

Que coisa do outro mundo fundar um colégio católico! Quando fundava, era uma máquina de fazer tudo, menos católicos: uma máquina de birbantes!...

Os frutos espirituais eram pecos e os frutos temporais eram pocas. Por quê? Porque os homens já não eram homens de Deus como deveriam ser...

Moral do caso: pertençamos a Nossa Senhora inteiramente e todo o resto nos será dado de acréscimo.



(Autor: excertos de palestra de Plinio Corrêa de Oliveira em 28-05-1969. Apud PlinioCorreadeOliveira.info).




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