terça-feira, 22 de outubro de 2019

Carlos Magno, europeu, patriarca e imperador típico, homem angélico

Carlos Magno, europeu, patriarca e imperador típico, homem angélico
Carlos Magno, europeu, patriarca e imperador típico, homem angélico
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Carlos Magno tinha em si toda a Europa.

Ele era rei dos francos, mas os francos não eram bem exatamente a França e Carlos Magno tinha em si a Europa inteira.

E para a gente ter a ideia de como foi Carlos Magno, a gente precisa considerar a Europa como se ela fosse uma nação em confronto com outras nações não europeias.

E aí a gente pega bem a imensidade de alma que foi Carlos Magno e como tudo estava nele. Era um germe de coisas grandiosas que viriam depois.

Carlos Magno foi um homem que teve a glória de ser arquetípico e então, ele era o europeu típico, ele era o patriarca típico, era o imperador típico de maneira tal que qualquer monarca que queira chegar ao auge de sua glória tem que se comparar com Carlos Magno.

E ver até que ponto ele imita, ele reproduz em si os traços de Carlos Magno em todos os aspectos. Aspecto de guerreiro nem se fala, o guerreiro perfeito é Carlos Magno.

Nós outro dia estávamos aqui elogiando o chevalier sans peur et sans reproche, mas cabe algum elogio. Mas o que é em comparação com Carlos Magno? Uma formiga!



Ninguém é guerreiro mais do que ele nem tanto quanto ele. Ele é o homem da guerra, é o anjo da guerra.

Carlos Magno poderia ser chamado um homem angélico.

Mas de outro lado ele era o civilizador por excelência. Em todos os lugares por onde ele passava fazia alguma coisa que promovesse a cultura, a instrução, etc.

Mas não é essa instrução que se dá hoje nas escolas públicas e que não vale coisa nenhuma, era a instrução Católica Apostólica Romana, abrangendo todos os conhecimentos humanos que era possível conhecer naquela época.

A gente toma Carlos Magno como rei, ninguém no tempo dele foi organizador como ele, ninguém no tempo dele construiu tanto quanto ele, ninguém no tempo dele foi ao mesmo tempo terror dos adversários e pai de todos os povos.

E não só pai de todos os povos mas, pai de cada indivíduo que tinha dentro desses povos.

E um imperador aberto [ininteligível] chamasse para lá. Com contrastes dolorosos que faziam dele um homem de sofrimento.

Por exemplo, o que é que Carlos Magno deveria pensar da duração da própria obra.

Quando ele tinha uns filhos tão nulos que na canção de gesta nem são mencionados.

Roland é muito mencionado e é mencionado que é sobrinho de Carlos Magno. Dando-se muito valor à circunstância de ser sobrinho.

Você compreende que quem dá tanto valor à circunstância de ser sobrinho, daria muito mais valor à circunstância de ser filho, é evidente. Entretanto, dos filhos de Carlos Magno, nada.

Os filhos dele foram nulos, o império caiu, mas a recordação do império ficou. A nostalgia do império ficou e, da ruína da Europa nasceu o feudalismo.

Da ruína da Europa nasceu o feudalismo muito mais inteligente do que o império à maneira romana com que ele tinha sonhado.

Mais ainda, coisa mais importante, em vida dele mesmo o papa restaurou o Império Romano coroando-o imperador.

O povo o saudou como imperador e uma entidade com designação de Sacro Império Romano Alemão continuou representando a ele até mil anos depois numa obra colossal.

Por cima desta obra é a recordação dele, nome venerado e respeitado, pronunciado com respeito até pelos seus detratores. Quer dizer glória de um homem angelizado, Carlos Magno.

Há um busto dele em Aix-la-Chapelle que parece que é uma composição.

Se é assim, a pessoa que esculpiu teve uma tal ideia do que ele foi que a gente tem a impressão de estar vendo Carlos Magno.

Está apresentado mais ou menos como um homem de uns quarenta anos, com o cabelo dourado, com ar dominador mas ao mesmo tempo acolhedor, preocupado mas ao mesmo tempo jovial, forte mas ao mesmo tempo afável e cheio de virtudes harmonicamente contrastantes que formam um grande santo.

Um dos meus sonhos para o Reino de Maria é a canonização de Carlos Magno.

Há complicações para isso. O casamento dele desfeito com uma princesa lombarda. Uns teutônicos que ele andou matando porque não queriam crer, há umas complicações assim.

Mas eu tenho a impressão que Nossa Senhora, que pode tudo quanto quer, que Ela um dia vai canonizar Carlos Magno.


(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de conferência pronunciada em 22/7/91. Sem revisão do autor)

Veja nossa página especial sobre Carlos Magno





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