Uma manifestação da força contagiante do exemplo para mudar os costumes e a vida é o caso de um certo Balduino, conde de Flandres, por volta do ano de 1200.
Esse Balduíno tinha sido muito religioso desde menino. Mas quando chegou a época da mocidade, teve extravios.
E, além do mais, entrou em luta contra a Igreja e parece que se apoderou de alguma coisa que era da Igreja.
Mas apesar disso, ele remediou os desvios de sua vida.
Com a reflexão, ele caiu em si a respeito da gravidade de seus pecados. Tornou-se, então, universalmente estimado em todos os seus feudos e era verdadeiramente a glória da Flandres.
Caindo em si, entendeu que devia fazer uma grande mortificação.
E essa mortificação consistiria em ele se fazer cruzado, declarando que a razão era a expiação de seus pecados de juventude. Que ele iria tomar a cruz.
O que não era nada agradável. Era ir montado a cavalo, ou por vias marítimas bastante inseguras, para combater e, muitas vezes, morrer na Terra Santa.
Então, a condessa de Flandres se empolgou e declarou que iria acompanhar seu marido e ir também à Terra.
Dois irmãos de Balduino se impressionaram e resolveram acompanhá-los. Um primo resolveu também.
Um conhecido deles, fidalgo de uma grande família francesa, famosa por sua eloquência, resolveu acompanhá-lo também; um filho deste fidalgo, que era Jacques d'Ouverne, célebre por seu heroísmo numa Cruzada anterior, resolveu tomar a cruz também.
Então, a população toda também se levantou.
O bonito ato de penitência de um homem arrebatou e determinou a modificação da conduta de uma porção de pessoas. E uma avalanche de gente foi para tomar a cruz.
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