quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Don Pelayo e a confiança nas vitórias inverossímeis

Don Pelayo vencedor em Covadonga, Luis de Madrazo (1855-1860) Museo del Prado, Madri.
Don Pelayo vencedor em Covadonga.
Luis de Madrazo (1855-1860) Museo del Prado, Madri.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Em 711 os árabes muçulmanos invadem a Península Ibérica.

Enfrentando-os perde a vida o rei visigodo Don Rodrigo no campo de Guadalete.

Reagirá contra o domínio infiel o nobre Don Pelayo, colocando-se à frente de um grupo de valorosos asturianos.

Preparando-se os árabes, já em Espanha, para invadir a Gália gótica, tiveram notícia da revolta das Astúrias e enviaram contra esses revoltosos um exército bem preparado sob o comando do general Alcamar.

Don Pelayo preparou a resistência no monte Alzeba, onde os desfiladeiros tornavam possível uma reação por parte dos cristãos, em número realmente inferior aos atacantes.

Organiza seus homens e enquanto esperava dirigiu-se à Gruta de Covadonga para onde levara uma imagem da Santíssima Virgem, colocando-se sob a Sua proteção especial.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Glorificação de São João de Capistrano,
herói da Cruzada contra os turcos, na catedral de Viena

O púlpito desde onde
São João de Capistrano
pregou a Cruzada
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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No lado externo da catedral de Viena, capital da Áustria, perto da entrada das catacumbas se encontra o chamado púlpito de São João de Capistrano coroado de glória.

É um conjunto que chama a atenção de todos os que passam por esse local central.

Na noite: catedral de Viena dedicada a Santo Estevão
Mas poucos explicam por que é que está do lado de fora da catedral um tão pomposo monumento que tem como peça central um púlpito.

Desde esse púlpito que outrora era o principal dentro da catedral, o santo capuchinho São João de Capistrano pregou a Cruzada em 1456 para repelir as invasões muçulmanas que se abatiam sobre a Europa Cristã.

O púlpito foi usado também pelo voivoda [título de nobreza para o defensor das fronteiras, equivalente ao de marquês] húngaro João Hunyadi, comandante das forças cruzadas que arengou os soldados para a difícil campanha militar que se avizinhava.

A estátua do santo está coroada por um sol com a inscrição IHS: Iesus Hominibus Salvator, Jesus Salvador dos Homens, feita no século XVIII.

O santo frade filho espiritual de São Francisco é apresentado esmagando um turco derrotado.

São João de Capistrano O.F.M. (1386 – 1456), foi cognominado O Guerreiro Franciscano de Belgrado.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Santa Joana d'Arc, virgem e guerreira heróica


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Também Santa Joana d'Arc é, por assim dizer, uma heroína da aquela realidade produto de nosso espírito onde habitam os homens-mito que personificam os valores que julgamos superiores, i. é, a trans-esfera.

Queira-se ou não, até hoje ela pesa no curso da História da França.

Portanto, a humilde donzela da batalha de Orleans, decorridos muitos séculos de sua morte, ainda comove os espíritos!

É muito bela a conjunção dessas duas virtudes: a castidade e o heroísmo.

O maior exemplo dessa conjunção nós temos em Santa Joana d'Arc, a virgem e guerreira heroica, nascida na Lorena.

A castidade é uma virtude cheia de delicadeza, cheia de fragilidade. A coragem é uma virtude cheia de fortaleza, cheia de intrepidez.

A junção desses opostos forma uma verdadeira maravilha.

São como duas partes de uma ogiva que se unem para formar um todo harmônico muito bonito.

Santa Joana d'Arc está numa posição em que ela é mais ou menos inatingível.

Se alguém quiser falar contra ela, nem todas as simpatias da mídia servem para atenuar a má impressão que esse indivíduo causa contra si.

Imagine que se fique sabendo que tal literato está escrevendo uma série de artigos contra Santa Joana d'Arc... está liquidado!

Escrever uma série de artigos contra Santo Inácio de Loyola, que eu admiro talvez mais do que Santa Joana d'Arc, isso não desdoura tanto o indivíduo.

Mas Santa Joana d'Arc, na sua couraça, com seu gonfalon Mon Dieu et Saint Denis, e com aquilo tudo, está nos páramos da inatingibilidade.

Ninguém pode lançar uma estocada contra ela sem se quebrar a si próprio.

São desígnios de Deus sobre as várias glórias terrenas post-mortem dos bem-aventurados.



Fonte: “A inocência primeva e a contemplação sacral do universo no pensamento de Plinio Corrêa de Oliveira”, Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, São Paulo, 2008.




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terça-feira, 1 de março de 2016

Carlos Magno, modelo ideal de imperador católico

Carlos Magno, modelo ideal de imperador católico
Luis Dufaur
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Todas as áreas de civilização têm seus homens-mito, que simbolizam certos traços de caráter e fatos que efetivamente não se deram na vida desses homens.

Em outras palavras, há um modo de ver o homem-mito que transcende o próprio homem.

Corresponde a uma concepção que freqüentemente se tem a respeito de pessoas que personificam o que elas simbolizam.

São pessoas que simbolizam uma realidade superior que é, por sua vez, um produto de nosso espírito.

Tal fato decorre da necessidade que sentimos da individuação ou personificação de certos princípios ou valores.

O homem-mito se situa, pois, numa esfera transcendente, uma super-esfera, da qual ele comunica aos homens a sua transcendência.

Essa transcendência é o mito. Então, a idéia de mito traz consigo a idéia de uma trans-esfera.