Disse ao rei que vinha da parte de “seu Senhor”, o Rei do Céu, a quem pertencia o reino da França, e não a ele.
Mas "seu Senhor” queria muito confiar a guarda desse reino ao rei, ela o levaria a Reims para ser coroado.
Para provar o caráter divino de sua missão, em particular revelou a Carlos VII um segredo que somente ele e Deus poderiam saber.
A retumbante vitória que Joana alcançou, fazendo levantar o cerco de Orleans, conseguiu mudar o quadro de então. O caminho para a sagração em Reims estava praticamente aberto.
Após essa vitória, a donzela foi ter com Carlos VII para apressá-lo a se fazer sagrar em Reims, porque — explicava ela — “eu durarei um ano, e não mais”, como lhe haviam dito as "Vozes". Era preciso, pois, apressar-se.
Após a sagração do rei Carlos VII na Catedral de Reims, Joana afirmou ao Arcebispo daquela cidade:
-- “Praza a Deus, meu Criador, que eu possa agora partir, abandonando as armas, e ir servir meu pai e minha mãe guardando suas ovelhas, com minha irmã e irmãos, que terão grande alegria em me rever!”.
No auge de sua glória, ela não desejava senão retirar-se para a sombra.
No dizer de Dunois, o Bastardo de Orléans, isso fez com que aqueles que a viram e ouviram nesse momento compreendessem que ela vinha da parte de Deus.
Mas Joana cria que sua missão consistia em reconquistar pelas armas todo o território francês sob domínio inglês.
Entretanto o rei, não lhe deu o apoio necessário. Os soldados insistiram com ela para que continuasse a comandar as tropas. Aquiesceu, mas limitou-se a comandar seguindo os conselhos dos generais, pois suas "Vozes" não mais lhe indicavam o que fazer. Elas se limitavam a lhe dizer que seria feita prisioneira e vendida aos ingleses, mas que confiasse, pois Deus não a abandonaria.
Fifth Horizon
Há 2 dias